segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Historia Ambiental: A Luta Pela Proteção da Orla da Laguna dos Patos


O Abraço A Lagoa, movimento que reuniu duas centenas de pessoas, no Dia Mundial do Meio Ambiente, em 1997, quando, além do abraço simbólico a lagoa, também se recolheu mais de duas toneladas de lixo. Foto: CEA.

Dentro da lógica de resgate da memoria da luta ecológica e da historia ambiental, um dos objetivos do Centro de Estudos Ambientais (CEA) em manter suas mídias analógicas e digitais, desde o inicio de suas atividades nos anos 80, destacamos a luta pela proteção dos banhados e pela orla da Laguna dos Patos, com suas matas nativas e ecossistemas associados.

A década de 90, do século passado, registrou um avanço na politica ambiental brasileira, com destaque para Conferencia de Meio Ambiente e Desenvolvimento, da ONU, a chamada Rio-92 ou Eco-92, ocorrida em 1992, no Rio de Janeiro.

A Educação e o Direito Ambiental tiveram um impulso significativo, pois além da Rio-92, a Constituição Federal de 88 estabeleceu uma base democrática e protetiva para a natureza e para vida humana e não humana, aspectos potencializados pelo movimento ecológico.

Em Pelotas, o CEA, juntamente com outras instituições, movimentos e simpatizantes da luta ecológica, buscava a proteção do banhado do Pontal da Barra, ameaçado por projeto de um grande loteamento naquela área úmida, junto a Laguna dos Patos.



Essa luta foi aos poucos se ampliado para toda a orla do Laranjal, Barro Duro e Z3. Resumidamente, após a campanha pela proteção do Pontal da Barra (Pelotas Precisa de Saneamento, Pontal da Barra Não Precisa de Loteamento), primeiro foi o Projeto Mar de Água Doce (PROMAD). Depois veio o movimento Abraço a Lagoa (1997), movimento Lagoa Limpa (1998), seguido pelo Projeto APA das Lagoas (1998), movimento Eu Também Quero a Lagoa Despoluída (1999) e, por fim, pelo Programa Mar de Dentro (2000), do governo do estado do RS (hoje inoperante e praticamente extinto), o qual, a época procurou reverberar e potencializar toda essa luta da sociedade civil pela proteção da orla da Laguna dos Patos, da qual o CEA participou como um dos protagonistas.

Esses movimentos da sociedade civil, articulados pelo CEA e parceiros, tinham um forte componente de Educação e Direito Ambiental (diversas leis foram aprovadas), com foco nas zonas úmidas e nas matas nativas, considerando os aspectos sociais que envolvem a complexa crise ecológica.







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