Capão Seco, Rio Grande/RS. Foto: Antonio Soler/CEA.
O Pampa é um bioma encontrado, em solos brasileiros,
exclusivamente na metade sul do Rio Grande do Sul, ocupando uma área de 178.243
km2, o que equivale a 2,07% do território nacional e a 63% do território
gaúcho. A outra parte é ocupada pela Mata Atlântica.
O Pampa avança adentro do Uruguai, Argentina e Paraguai.
Embora com significativa extensão territorial, apenas 41,32%
da sua área, no Brasil, ainda tem cobertura vegetal nativa. Os restantes,
58,68%, já não se encontram em estado natural, pois foram impactados e
alterados pelo uso humano, notadamente para a pecuária e agricultura, com sobrepastejo
animal, monocultura de arroz, trigo, eucalipto e,
ultimamente, soja (transgênicos e agrotóxicos) e introdução de espécies
exóticas.
O Pampa, mesmo sendo objeto de continuada descaracterização,
como ameaças que vão desde a mineração e a monocultora de árvores exóticas
(Desertos Verdes), além de outros, é o bioma brasileiro com menos áreas
protegidas formalmente. Somente 0,36% do espaço pampiano tem algum tipo de
proteção legal, contra os 17% das metas de Metas de
Aichi, com as quais o Brasil se comprometeu.
Apesar de ausências de politicas publicas efetivas para sua
proteção e uso adequado, o Pampa apresenta uma elevada biodiversidade campestre
(gramíneas e leguminosas), fundamentais não so para a manutenção dos
metabolismos naturais, mas também e, por isso mesmo, para a economia que se
aplica.
São 2.600 espécies campestres, o que representa em torno de
2/3 da diversidade da flora do RS, sendo que mais de 300 espécies vivem
exclusivamente no Pampa (espécies endêmicas).
Com relação aos mamíferos terrestres, mas de 90 espécies s
só conseguem viver no campo e 30% são espécies endêmicas.
São catalogadas em torno de 400 espécies de aves e mais de
50 espécies de peixes no Pampa.
Em 2007, foi decretado como Dia do Bioma Pampa como sendo 17
de dezembro de cada ano, em homenagem ao nascimento de José Lutzenberger,
militante ecológico. Anteriormente, em 2004, o Pampa foi reconhecido como bioma
brasileiro, ao lado do Pantanal, Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado e Caatinga.
Pela do movimento ecológico e seus apoiadores, busca-se
reconhecer o Bioma Pampa como Patrimônio Nacional, existindo uma PEC que
tramita no Congresso Nacional para tal fim.
Assim, o FDAM esta chamando atenção para importância de se conhecer
o Bioma Pampa e suas relações com a cultura que ali se manifesta e convidando a
todos e todas para, juntos, agirmos pela sua proteção, pois sem o pampa
torna-se inviável a economia gaúcha, notadamente para as atividades de pequenos
médios portes e, mais que tudo, a vida
como tal conhecemos.
Participam do FDAM pessoas,
movimentos sociais e instituições diversas como:
ADUFPel SSind, Associação Hip-Hop,
ASUFPel, Bem da Terra, Caritas, CAU, CEA, Coletivo Alicerce, Comissão de Meio
Ambiente da Câmara de Vereadores, EMBRAPA, FAUrb/UFPel, IFSul - Campus Pelotas,
IMA, Instituto Biofilia, Instituto Teia, Juntos, PCB, PDT, PSOL, PT, SEEB,
SIMP, SOS Laranjal, STICAP e UFPel.
Junte-se a nós!
Bioma Pampa, patrimônio cultural e
natural gaúcho!!!
Apoio: APEDEMA/RS e MOGDeMA
Fonte (CEA, EMBRAPA, Mar de Dentro, UFPel)
Informe-se sobre a programação nos sites parceiros, como:
RadioCom: https://www.radiocom.org.br/
UFPel: http://portal.ufpel.edu.br/
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